Conheça Salvador

 

Salvador possui belíssima paisagem natural acrescida de uma arquitetura que a torna diferente de qualquer outro lugar do mundo. COnfira abaixo algumas dicas da cidade que foi a primeira capital do Brasil.

 

 

O Rio Vermelho é o centro da boemia de Salvador
  Centro da boemia de Salvador, o Rio Vermelho é a pedida ideal para se tomar uma cervejinha gelada e saborear um dos melhores e mais famosos acarajés da cidade, no Largo de Santana. Com uma vista privilegiada do mar de águas calmas, onde os pescadores partem, todas as manhãs, e retornam à tardinha com o balaio cheio de peixes frescos, sob as bênçãos da Mãe Iemanjá, o Largo de Santana reúne, também, a bela igreja em homenagem a Nossa Senhora de Santana, de frente para o mar de águas calmas da Praia de Santana, point do mais belo pôr do sol da cidade.
  Não é à toa que as ruas do Rio Vermelho servem de palco para uma das mais tradicionais festas populares da cidade: A Festa de Iemanjá, no dia 2 de fevereiro. Logo nas primeiras horas da manhã, os barcos partem para o mar, carregando presentes - perfumes, sabonetes, flores... - para a santa do candomblé, e muitos pedidos de bênçãos e boas pescarias para todo o ano. O colorido da procissão no mar é seguido pelo cortejo dos foliões, nas ruas, embalados por "arrastões" de artistas e pela música que surge a cada esquina, nos diversos palcos montados especialmente para a festa; há também barracas comercializando quitutes regionais, drinques, coquetéis, batidas, cerveja.
  O Rio Vermelho também é o Largo da Mariquita, ponto de outro famoso acarajé e do ilustre Mercado do Peixe. O Mercadão, como é chamado, reúne inúmeras barracas de frente para o mar, de onde saem os melhores petiscos da madrugada. E o Mercado é mesmo conhecido por reunir a galera depois das festas, para degustar dos pratos mais pesados da culinária local, como o mocotó, a rabada ou mesmo a feijoada, e encerrar bem a noite.

Um pouco de História...
  Foi ali que o navegante português, Diogo Álvares Correia, naufragou, entre 1510-1511. Batizado de Caramuru, o navegante vivia entre os índios tupinambás, primeiros habitantes da localidade, e chegou mesmo a  se casar com a índia Paraguassu (Catarina Álvares Paraguassu). Em 1557, o terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá, estabelecia a Aldeia do Rio Vermelho, com um porto e aguadas próximas, e assim nascia o bairro que tanto inspira esta cidade.
  Único bairro de Salvador dividido por várias praias - Buracão, Mariquita, Santana, Paciência, Praia da Sereia, o Red River, como também é conhecido, já foi um dos lugares preferidos para veraneio. Hoje em dia, concentra alguns dos principais hotéis da cidade, entre os mais luxuosos e famosos, e é o centro cultural da cidade, além de cenário histórico e ponto turístico.





Forte de São Marcelo
  Localizado no meio da Baía de Todos-os-Santos, popularmente conhecido como Forte do Mar, o Forte de São Marcelo está aberto à visitação diariamente. Os visitantes podem apreciar exposições como Memórias do Mar, Memórias do Forte e Memórias da Cidade, além de conhecer um dos mais belos cartões-postais da cidade de Salvador. Antes denominado Forte de Nossa Senhora do Pópulo e conhecido como Forte do Mar, o Forte de São Marcelo nasceu como um baluarte de forma triangular, construído em madeira, no início do século XVII, sobre um arrecife, na entrada do porto de Salvador.
  Depois da invasão holandesa de 1624 foi reconstruído em alvenaria de pedra e ganhou sua forma circular, assim como a missão de proteger o centro da cidade colonial dos ataques marítimos estrangeiros. O Forte tornou-se uma imponente construção militar e foi responsável pela guarda do porto, além de ter integrado a rede de fortificações que defendeu a maior cidade das Américas das invasões holandesas, corsários e piratas. No final do século XVIII serviu para prisão de estudantes relapsos e indisciplinados e importantes personagens históricos, como o líder da Revolta dos Alfaiates, Cipriano Barata, e o general farroupilha Bento Gonçalves.
  Um dos pontos turísticos mais bonitos de Salvador, transformou suas salas em um museu sobre a sua história, expondo as rotas de navegação portuguesa, a vida dos soldados no forte e a história da cidade, além de um simulador de canhão e de nau, em uma sala que funcionava como cela; exibe também nomes de presos famosos, como o revolucionário gaúcho Bento Gonçalves (1788-1847).     Em uma delas, a mais interessante, há fotos de Salvador dos séculos XVI, XVII, XVII e XIX. Terminado o percurso histórico, vem o ponto alto do passeio: primeiro, os visitantes sobem ao cume do torreão central, a primeira parte do forte, para de lá avistar toda a baía, da ponta do Humaitá à Barra.

Como chegar
O forte fica em frente ao cais e ao Mercado Modelo e está aberto à visitação pública. O acesso é feito de barco a partir do Centro Náutico. Funciona de terça a domingo, das 9h às 18h. Ingresso (trecho de barco mais entrada no forte): R$ 10,00 (estudantes pagam R$ 5,00).


Como a cidade mais negra fora da África, nada mais natural que Salvador concentre os principais atrativos desse segmento, seja nas festas, na dança, na religião, na música, na gastronomia, ou mesmo no modo de vida simples das suas comunidades. Os circuitos contemplam toda a diversidade étnica dos povos ioruba, bantu e jêje.

Circuito Centro Antigo – Pelourinho – Cidade Baixa
Nessa área da cidade, encontram-se atrativos religiosos, como igrejas e terreiros; patrimônio arquitetônico, como o próprio conjunto do Pelourinho; centros de cultura popular, a exemplo do Mercado Modelo e da Feira de São Joaquim, nos quais se encontram artesanato; espaços gastronômicos, com opções diversas da culinária afro-baiana; outros bens do patrimônio histórico e cultural, como shows, e a sede do bloco afro Olodum e sua escola; manifestações culturais, como a capoeira, além dos locais onde os líderes das rebeliões africanas foram mortos e expostos à execração pública.

Circuito Curuzu-Liberdade
O bairro da Liberdade é o mais negro de Salvador e possui um contingente populacional de mais de 600 mil pessoas. É aqui, mais precisamente na localidade denominada de Curuzu, que fica a sede do bloco Ilê Aiyê e do seu Centro Cultural. Nesse universo, estão simbolicamente representados o modo de vida das comunidades afrodescendentes e a cultura de matriz africana em toda sua extensão, desde festas, música, danças, estética negra, religiosidade e culinária, além do trabalho social desenvolvido pelo Ilê Aiyê.

Circuito Subúrbio Ferroviário
Trata-se de um circuito que abrange uma área que até mesmo muitos soteropolitanos desconhecem. Além da enorme beleza natural, esse circuito concentra a maioria dos terreiros de candomblé da cidade. Com cultura bem peculiar, aqui o modo de vida das comunidades africanas é naturalmente reproduzido. A culinária diferente da típica cozinha afro-baiana destaca-se nos pratos à base de frutos-do-mar e também nos considerados regionais, feitos a partir das vísceras dos animais, como o sarapatel (miúdos de porco), a rabada (rabo de boi), a buchada (miúdos de carneiro).





Por suas características singulares, Salvador, a capital da Bahia, tornou-se um dos principais destinos turísticos internacionais. Famosa pela sua história, pelo legado deixado por povos de outros continentes, pela miscigenação étnica e cultural, pelo sincretismo religioso e pelo povo hospitaleiro, a capital baiana é cenário e objeto de estudo de profissionais de diversas áreas, há muitos anos. As ruas do Centro Histórico de Salvador transportam o turista para os primórdios da história do Brasil. Profundos conhecedores da cultura local, os guias turísticos da região explicam como se desenvolveu a colonização da primeira cidade do País.

Até 1763, Salvador foi a capital da Coroa Portuguesa nas Américas, destacando-se, também, como o principal porto do Hemisfério Sul até o século XVIII. A cidade é considerada a capital cultural do País, berço de grandes nomes nas diversas manifestações artísticas, com destaque nacional e internacional. A atividade cultural e o turismo são importantes geradores de emprego e renda, impulsionando as artes e a preservação dos patrimônios artístico e cultural. Como se não bastasse, Salvador ainda conta com muitas belezas naturais: são 50 km de praias, além de diversos parques ecológicos. Salvador é uma cidade ensolarada, de clima quente e úmido, tipicamente tropical, com temperatura média de 25 ºC.

Atrativos:

Centro Histórico
Tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, o Centro Histórico de Salvador possui milhares de casarões dos séculos XVI, XVII, e XVIII. Divide-se em três áreas principais: a Praça Municipal ao Largo de São Francisco, o Pelourinho e o Largo do Carmo, finalizando com o Largo de Santo Antônio Além do Carmo. São igrejas e casarões seculares, circundados por uma farta atividade cultural desenvolvida no local. Além disso, em suas ladeiras e ruas pavimentadas com pedras cabeça-de-negro estão registrados importantes trechos da história brasileira. Entre os seus atrativos, merecem destaque as praças Municipal e da Sé, o Elevador Lacerda, a Câmara Municipal, o Paço Municipal, o Palácio Rio Branco, a Santa Casa e Igreja da Misericórdia, o Palácio Arquiepiscopado, a Catedral Basílica, o Terreiro de Jesus, o Largo do Cruzeiro de São Francisco, o Pelourinho com suas igrejas, lojas e praças, e, por fim, o Largo do Carmo, onde estão o Forte de Santo Antônio e o grande conjunto religioso formado pela Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo e pela Igreja da Ordem Terceira do Carmo.

Manifestações Populares
Passadas através de gerações, as manifestações populares são um forte traço cultural da cidade de Salvador. O folclore da cidade reúne elementos artísticos feitos do povo para o povo, sempre ressaltando o caráter de tradicionalidade destas representações, como capoeira, afoxé, Folia de Reis, Maculelê e Samba de Roda (Assista a vídeos sobre essas manifestações na área Multimídia ou clique aqui...)

Praias
A orla marítima de Salvador é uma das maiores do Brasil. São 50 km de praias distribuídas entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa, desde Inema, no subúrbio ferroviário, até a Praia do Flamengo, no extremo oposto da cidade. Enquanto as praias da Cidade Baixa são banhadas pelas águas da Baía de Todos-os-Santos, a mais extensa do País, com 1.052 km de espelho d’água, as praias da Cidade Alta, do Farol da Barra até Flamengo, são banhadas pelo Oceano Atlântico. A exceção é o Porto da Barra, única praia da Cidade Alta que fica na Baía de Todos-os-Santos.

Igrejas:

Igreja da Ajuda
Fundada pelos jesuítas que vieram com Tomé de Sousa no séc. XVI. Demolida e reconstruída no lado oposto da rua, no século XX, é uma das mais antigas de Salvador. Atualmente apresenta tratamento de fachada neo-romântico.

Igreja da Ascensão do Senhor
Construída em 1975, foge aos padrões convencionais das igrejas de Salvador. Nela tudo praticamente leva o número 12, uma homenagem aos 12 apóstolos de Cristo; a cobertura é formada por 12 “pétalas” de concreto e 12 bancos estão posicionados em fila. No subterrâneo existe ainda uma mini-igreja, onde estão localizadas as instalações do batistério e a sacristia.

Igreja da Ordem Terceira de São Domingos
Iniciada em 1731 e concluída seis anos depois, possui fachada em estilo rococó e talha atual neoclássica. A planta é típica das igrejas do início do século XVIII, com corredores laterais e tribunas superpostas. O teto da nave em concepção ilusionista e os painéis do Salão Nobre são atribuídos a José Joaquim da Rocha, sendo os azulejos da Capela-Mor retratos de São Domingos.

Capela de Nossa Senhora da Penha
Situada no Estuário do Iguape, a capela-mor e a nave são integralmente revestidas de azulejos tipo "massaroca". Datada de meados do século XVII.

Casa dos Padres (Itacaré)
Construída sobre porão alto, pelos jesuítas, no início do século XVIII. O telhado é em quatro águas, com terminação beira-saveiro. Está em semirruína, com telhado já desabado.

Catedral Basílica
Foi construída no século XVII, com materiais como ouro, mármore, madeira de jacarandá e marfim de tartaruga. É uma Igreja que mistura os estilos barroco e rococó.

Igreja do Nosso Senhor do Bonfim
Construída sobre uma colina, em meados do século XVIII. Destaca-se a imagem do Senhor do Bonfim, um crucifixo de ébano com adornos de prata, grande devoção do povo baiano.

Igreja e Convento de São Francisco
Uma das maiores expressões do barroco no Brasil, com retábulos recobertos de folhas de ouro. Destaque para a imagem de São Pedro de Alcântara, atribuída a Manoel Inácio da Costa. As obras da igreja foram iniciadas na primeira metade do século XVIII. A nave central, cortada por outra menor, forma a cruz do Senhor. As pinturas têm formas de estrelas, hexágonos e octógonos e exaltam Nossa Senhora. Na sacristia, estão reunidos 18 painéis a óleo sobre a vida de São Francisco.

Fortes:

Forte de Santo Antônio da Barra
Pertencente à Marinha do Brasil, está localizado na entrada Norte da Baía de Todos-os-Santos. Essa fortificação foi iniciada pelo primeiro donatário da Capitania da Bahia, Francisco Pereira Coutinho, em 1536, tendo originalmente forma de torre com dez lados.

Forte do Monte Serrat
É considerado, pela sua forma harmoniosa, a mais bela construção militar do período colonial brasileiro. Foi construído a partir de 1583, numa posição estratégica no alto da ponta mais avançada da península, com vistas sobre o porto da cidade. Concluído em 1742, sem modificações em sua planta original, permanece até os dias de hoje com uma casa de comando flanqueada às muralhas de bastiões redondos, contando com uma bateria de nove canhões.

Museus:

Museu Carlos Costa Pinto
Revela a intimidade das ricas famílias dos séculos XVIII e XIX. A coleção particular de Costa Pinto deu origem a 23 salas de exposição de arte decorativa e pintura. O acervo conta com coleções de prataria, ourivesaria, porcelana chinesa e europeia, cristais, mobiliário, pinturas, trabalhos em marfim, opalina, bronze e laca chinesa. As joias de ouro e a coleção de 27 balangandãs de prata são as peças mais preciosas de todo o acervo.

Museu de Arte Sacra
Inaugurado em 10 de agosto de 1959, situa-se no Convento de Santa Tereza, um dos mais notáveis conjuntos arquitetônicos do período seiscentista. Obra das Carmelitas Descalças, seu acervo é composto por coleções de esculturas em madeira, pedra-sabão, barro e marfim e ourivesaria, dentre as quais se destaca uma custódia em prata dourada, adornada com mais de 400 pedras preciosas e semipreciosas.

Museu de Arte da Bahia
Mais antigo museu do Estado, fundado em 1918, funciona hoje no Solar Cerqueira Lima. Destacam-se no acervo esculturas em madeira, barro e marfim, pinturas em azulejos e pratarias dos séculos XVII, XVIII e XIX, assim como peças do mobiliário baiano do mesmo período.

Museu Abelardo Rodrigues
Uma das maiores coleções particulares de arte sacra do Brasil: 808 peças entre imagens, pinturas, oratórios, altares, crucifixos dos séculos XVII ao XIX. Fica no andar nobre do Solar Ferrão, valioso prédio da arquitetura civil do período colonial.

Como Chegar
Por via aérea, a partir de qualquer capital, todas as companhias aéreas brasileiras dispõem de voos diários para Salvador. De outros países, há 25 voos semanais regulares e 18 charters.  Por via rodoviária, cortando o Estado da Bahia de sul a norte, as BR-101 e 116 interligam Salvador a todo o restante do País. Basta, na altura de Feira de Santana, pegar a BR-324. A capital baiana é servida por linhas de transporte rodoviário originadas a partir de quase todos os Estados brasileiros. Por via marítima, dezenas de cruzeiros fazem paradas em Salvador, especialmente durante o verão.
 





O Mercado Modelo é um espaço de animação artística e cultural.

  Aqui tem tudo o que a Bahia tem! O turista desce a Ladeira do Contorno, apreciando o Solar do Unhão, joia rara do colonial baiano do século XVII. De um lado está a Baía de Todos-os-Santos, com o Centro Náutico, a Bahia Marina e o antigo Forte de São Marcelo; do outro lado, o vai-e-vem frenético do trânsito a subir e descer a ladeira, na qual se debruçam pedaços do que se chama Cidade Alta. Mais abaixo, está a igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia - padroeira da Bahia -, o centenário Elevador Lacerda e a fonte de Mário Cravo, na praça do Visconde de Cairu. No coração disso tudo, ergue-se, monumental, o Mercado Modelo da Bahia, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1966.
  Tradicional centro de comercialização de produtos artesanais e um dos principais pontos turísticos de Salvador, o Mercado Modelo é também um ponto de encontro e convivência, além de espaço de animação artística e cultural da cidade. O viver descontraído e movimentado dos boêmios e poetas, dos cantadores e barraqueiros, encontra, no mercado, o lugar ideal. Desde que foi fundado como centro de abastecimento de gêneros alimentícios de Salvador, reuniu comerciantes e pescadores, marinheiros e saveiristas, bancários e a gente simples da cidade. Esses encontros, no início, se davam entre sacas de camarões salgados e balaios de pimentas recém-colhidas nas pequenas roças ao redor da cidade; entre o cheiro de charutos produzidos no Recôncavo e o da cachaça destilada em alambiques de várias partes do estado. Símbolo tradicional da história e da cultura da Bahia, o mercado atrai visitantes de todo o mundo, nesta que é a primeira capital do Brasil. Pouco mais de dois milhões de pessoas que estiveram em Salvador no ano 2000, foram ao Mercado Modelo comprar seu suvenir.
  No mercado de hoje, é possível comprar uma extensa variedade de artigos artesanais: confecções, redes, instrumentos musicais típicos, entalhes em madeira (na sua maioria de inspiração africana), rendas e cestarias da Ilha de Maré, bordados e trançados, bijuterias e adereços, objetos de decoração e utilitários, peças de couro, ferro e cerâmica, as conhecidas bonecas de pano, vestidas de "baianas’’, pencas de balangandãs e objetos religiosos, tanto católicos, quanto do candomblé. Encontram-se também pedras semipreciosas, xilogravuras e pinturas primitivistas, bebidas típicas - como as famosas batidas de infusão do bar Fênix – e tira-gostos diversos, entre os quais destacam-se as "lambretas"; um tipo de ostra cozida na água e sal, servida com limão e pimenta.

Os azeites dos deuses
Além de uma agência de Correios, um Posto de Informações Turísticas e outro da Polícia Turística, também estão localizados no Mercado dois restaurantes de renome. O primeiro, chamado "Camafeu de Oxóssi" - que leva o nome de um negro famoso nos candomblés da Bahia pelo seu profundo saber sobre folhas, plantas e ervas -, tornou-se internacionalmente conhecido graças aos quitutes preparados por Dona Toninha, uma especialista na arte culinária regional. Outro restaurante de destaque nacional e internacional é o "Maria de São Pedro", que se especializa em moquecas, acompanhadas dos não menos apetitosos carurus e vatapás. Isto para não se falar dos xinxins, dos efós, dos ensopados de camarão ao leite de coco e de tantos outros pratos que servem as mesas dos homens e os altares dos santos da Bahia.

Do lado de fora do Mercado
  Ao redor do mercado, os tabuleiros das baianas oferecem os abarás e os acarajés, que servem de tira-gosto para as cervejas, servidas geladinhas, nas mesas que se espalham pela parte externa e térrea do mercado. Pequenos restaurantes populares se encarregam de preparar os pratos fortes e mais pesados da culinária local, que atraem os próprios baianos e os turistas de paladar mais exótico. Rodas de capoeira do "Mestre Cacau" confirmam, ao som dos berimbaus, o espírito cultural do Mercado Modelo da Bahia.
  O outro espaço externo que o mercado ostenta fica no segundo pavimento; uma varanda semicircular, ao redor dos dois restaurantes citados. Do alto, tem-se uma grandiosa visão marítima do que há de mais característico na Baía de Todos-os-Santos: o azul do mar e do céu, as frutas e mariscos vendidos na rampa do mercado, molhada pelas águas deste pedaço do Atlântico. Por ali passam os barcos, as canoas e outras pequenas embarcações, que deslizam entre potentes escunas e saveiros ancorados no Centro Náutico da Bahia, vizinho aos primeiros armazéns do Porto de Salvador. Do outro lado, a bonita área aterrada da Capitania dos Portos, vigiada pelo Forte de São Marcelo, e, mais ao fundo, disputando espaço com o horizonte, a Ilha de Itaparica. É para lá que o barquinho vai, quando a tardinha cai, neste espaço luminoso, tão cheio de Bahia, chamado de Mercado Modelo.

Um pouco de História
O primeiro Imóvel que sediou o Mercado Modelo foi inaugurado em 1929. Situava-se na mesma Praça Cairu, em frente à rampa do Mercado, com fachada para o Elevador Lacerda, numa área entre a Casa Alfândega e a Escola de Aprendizes de Marinheiro.
  A história do Mercado Modelo foi marcada por grandes incêndios; três deles no prédio inicial e, o último, no imóvel em que se encontra agora. No primeiro prédio, o Mercado funcionou durante 50 anos. Em 1922, ocorreu o primeiro incêndio, que quase o destruiu completamente, sendo, logo depois, recuperado. O segundo incêndio aconteceu 26 anos depois, em 1948, causando danos parciais, obrigando a uma nova obra de recuperação e fazendo com que suas atividades comerciais fossem transferidas, provisoriamente, para outros locais, dentre os quais, o imóvel em frente à área da Antiga Feira de Água de Meninos - o chamado Mercado Popular, onde funcionou por dois anos.
  Em 1971, passou a funcionar no antigo prédio da Casa da Alfândega que, treze anos depois, sofreria um incêndio que o destruiria, danificando seriamente o imóvel e exigindo um completo trabalho de recuperação. Em 08 de dezembro de 1984, com a proteção de Oxum e tendo por patrono Nossa Senhora de Conceição, foi inaugurado o novo Mercado Modelo. Para abrigar pela segunda vez o mercado em condições apropriadas e funcionando, o trabalho de restauração buscou incorporar, ao plano arquitetônico original, algumas modificações necessárias, utilizando concreto pré-moldado, cobertura de telhas coloniais, novos equipamentos e serviços.


Parques

Zoobotânico Getúlio Vargas (Jardim Zoológico)
Em uma área de 700 mil metros quadrados de extensão foi criado, em 1956, o Jardim Zoológico Getúlio Vargas. Com uma variedade de espécies animais, o Jardim Zoológico é uma ótima opção de lazer para as crianças que visitam o local. O Zoológico também oferece boa estrutura que inclui mirante, cantina, módulo policial, sanitários e telefones públicos.

Parque Metropolitano de Pituaçu
O Parque de Pituaçu é a maior área verde de uso público de Salvador. Quem visita o parque, com certeza, não se arrepende. O Parque traz uma belíssima e exuberante lagoa, que se assemelha a um trevo, com um espelho d'água de 200mil m². Para os passeios na lagoa foi instalado um pier com pedalinhos, o que dá um colorido diferente ao cenário. O visitante pode aproveitar de uma ciclovia de 18km que garante exercícios saudáveis e se deliciar nos variados restaurantes do local. Para completar a infraestrutura, existe um esquema especial de segurança formado pela Companhia de Polícia de Proteção Ambiental.
 
Parque Joventino Silva (Parque da Cidade)
Uma grande e belíssima área de preservação ambiental e lazer com 72 hectares, o Parque Juventino Silva mescla, perfeitamente, Mata Atlântica e belíssimas dunas de areia branca. O Parque da Cidade oferece ao visitante uma praça de recepção de 20 mil metros quadrados, onde se encontram lanchonetes e local para aluguel de equipamentos de lazer. O parque ainda dispõe de um anfiteatro com capacidade para 600 pessoas e parques infantis, além de segurança durante todo o horário de funcionamento.
 
Parque Costa Azul

Os 55 mil m², que antes eram ocupados com as ruínas do Clube Costa Azul, foram transformados em uma área voltada para o esporte, a cultura e o lazer, revitalizando um grande pedaço da orla de Salvador. O visitante pode usufruir de quadras esportivas, equipamentos para exercícios físicos, playgrounds com bicicletários, ciclovias, pista de cooper, calçadões, anfiteatro ao ar livre, com capacidade para 600 pessoas, e quatro restaurantes com opções de comidas internacionais, típicas, massas ou carnes. Vale a pena conhecer.





O Pelourinho é história, inspiração e efervescência cultural.
É um dos principais cartões-postais de Salvador. Durante a época da escravidão, era o lugar onde os escravos eram castigados. A praça é cercada por várias casas antigas, no mais puro estilo colonial, dentre elas o casarão da Fundação Jorge Amado e igrejas como a Igreja do Rosário dos Homens Pretos e a Catedral Basílica, dois grandes exemplos da arquitetura da época da Colônia.
  O Pelourinho é um capítulo à parte na visita a Salvador, o local reúne restaurantes com o melhor sabor da culinária baiana, artesanato, arquitetura barroca, religião, centros culturais e o legítimo batuque do Olodum.
  Na condição de primeira capital da América Portuguesa, Salvador cultivou a mão de obra escrava e teve os seus pelourinhos com várias colunas, fixadas em áreas públicas para expor e castigar criminosos. Instalados originalmente em pontos como o Terreiro de Jesus e as atuais praças Tomé de Sousa e Castro Alves, como símbolo de autoridade e justiça, acabou emprestando o nome ao conjunto histórico e arquitetônico do Pelourinho – parte integrante do Centro Histórico da cidade.
  A construção de igrejas e solares no local intensificou-se no século XVII, período em que os grandes proprietários rurais manifestavam seu poderio aristocrático na arquitetura das residências. As edificações das ordens religiosas e terceiras e os sobrados suntuosos que passaram a rodear o Terreiro de Jesus, no século XVIII, refletiam a estratificação social da cidade. No século XIX, o comércio tomou gradativamente as antigas residências do Taboão e alastrou-se pelo Centro Histórico. Diversos profissionais liberais passaram a trabalhar e a residir na área, e os aristocratas deslocaram-se então para outros pontos da cidade.
  O Pelourinho também é fonte de inspiração e palco para artistas brasileiros e estrangeiros – como Caetano Veloso e Paul Simon; até mesmo Michael Jackson já gravou cenas de um clipe ali.  O Centro Histórico de Salvador também reúne alguns dos melhores restaurantes e dos bares mais movimentados da cidade.
  A efervescência cultural toma conta do multicolorido Pelourinho. As terças-feiras são reservadas a shows,  como o ensaio do Olodum, que atrai milhares de pessoas às ruas e praças do Pelourinho.
  O Pelourinho é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, tombado pela Unesco, em 1985.
  É no Pelourinho que Salvador reúne sua maior riqueza cultural.
  É no Pelourinho que Salvador reúne sua maior riqueza, revelada nos detalhes arquitetônicos, nas igrejas e nas casinhas coloridas, que se dedicam e vivem de turismo. Localizado no centro histórico de Salvador e tombado pelo patrimônio da humanidade da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o Pelourinho é considerado atualmente um grande shopping a céu aberto por oferecer atrações artísticas, musicais e opções de bares, restaurantes, lojas de roupas, artesanatos e jóias, museus, teatros e igrejas, entre outros.
  A praça XV de Novembro, mais conhecida como Terreiro de Jesus por causa da Igreja dos Jesuítas (atual Catedral Basílica), mantém características urbanas dos séculos passados. Sobrados ricamente adornados e três igrejas testemunham a época áurea em que Salvador foi capital da colônia. No centro da praça, um chafariz de origem francesa (1855), todo em ferro fundido, representa a deusa Ceres, da agricultura.
  Depois de anos de abandono e deterioração, o Centro Histórico de Salvador - tombado como Patrimônio da Humanidade e pela Unesco - ressurgiu com toda a sua beleza arquitetônica. Cerca de 800 casarões coloniais foram recuperados, servindo como ponto de partida para a revitalização econômica, social e cultural da área.
  Sua recuperação ainda não foi concluída por estar sendo feita em etapas. Os prédios dos séculos 17 e 18 foram divididos em grupos. A maior parte dos imóveis restaurados fica no Pelourinho, Terreiro de Jesus, Praça da Sé e Ladeira do Carmo.
 

Salvador nasceu no Pelourinho
Logo que chegou aqui, Tomé de Souza tratou de cumprir as ordens do rei, fundando a cidade cujo nome homenageia Jesus Cristo - o Salvador, no melhor ponto para a construção da "cidade fortaleza", o hoje chamado Pelourinho, local ideal de suas pretensões.
As razões que levaram a escolha do Pelourinho são bastante claras. É a parte mais alta da cidade, em frente ao porto, perto do comércio e naturalmente fortificada pela grande depressão existente que forma uma muralha, de quase noventa metros de altura, por quinze quilômetros de extensão, o que facilitaria a defesa de qualquer ameaça vinda do mar.
Em poucos anos, Tomé de Souza construí uma série de casarões e sobrados, na parte superior dessa muralha, todas inspiradas, evidentemente, na arquitetura barroca portuguesa e erguidos com mão de obra escrava negra e indígena. Para dar maior proteção à cidade, o Governador Geral limitou o acesso a apenas quatro portões, estes totalmente destruídos durante as tentativas sem sucesso, de dominação da cidade no século XVII.




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Fotos e textos extraídos do site: www.bahia.com.br